Reportagem mostra que brasileiros fluentes na língua inglesa ganham o dobro do salário comparado aos que não falam
De acordo com a reportagem do Jornal Nacional, os profissionais brasileiros que tem um bom nível na língua inglesa, além de se destacarem no mercado de trabalho, conseguem ganhar até o dobro comparado aos profissionais que não falam.
O Brasil demonstrou um desempenho regular no no ranking de proficiência da língua inglesa com 102 países, ficando na posição 60.
Estes dados foram retirados de uma pesquisa do site Catho, importante recurso utilizado na contratação de pessoas, onde mostra que profissionais com inglês fluente que se candidatam para estágio ou trainee ganham mais que o dobro dos que não fala, representando um aumento de 105%.
A pesquisa ainda revela que profissionais com diploma de curso superior, recebem 65% a mais se falarem inglês. E para nível de diretor, chega à 95% a diferença salarial de falantes ou não-falantes de língua inglesa.
“As empresas buscam os profissionais que tenham a capacidade técnica para fazer aquela função e que também consigam se comunicar com os outros países e com os profissionais que estão alocados em outros países, especialmente no trabalho remoto, e isso exige que o inglês faça parte dos requisitos das vagas que são publicadas”, afirma Fernando Morette, presidente da Catho.
Felipe Espósito, editor de um site americano de tecnologia, afirma que chega a ganhar mais 5x mais trabalhando para os EUA do que se fosse trabalhar para empresas brasileiras, e que isso só foi possível devido ao seu excelente nível de inglês.
Brasil e o inglês
A língua inglesa é um importante fator de segregação social, pois segundo educadores, ela só é ensinada de forma eficaz para ricos e muito ricos, já que só voltou a ser obrigatória nas escola públicas em 1996, e, mesmo assim, nunca foi ensinada com maestria.
O reflexo disto está no resultado do ranking de proficiência da língua inglesa, no qual ficamos na posição 60, atrás de Argetina (30), e do Chile (47), e muito distantes de Portugal (7), país que também fala português.
Com todas estas informações em mente, só há uma conclusão: o domínio de um segundo idioma é imprescindível para o sucesso profissional. E que o inglês já deixou de ser diferencial e é requisito de contratação.
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